O número de homens atingidos cresce de forma linear até cerca dos 55
anos, aumentando a partir de então de forma abrupta. A uretra masculina
divide-se em duas porções, uma posterior (prostática e membranosa) e uma
anterior (bulbar e peniana). Cada uma destas está sujeita a estenoses
de diferentes etiologias. Assim, conforme o segmento, vamos encontrar
uma causa como sendo a mais provável para a origem do aperto.
A sintomatologia associada a esta patologia pode ser muito variada, quer
na apresentação, quer na intensidade dos sintomas, percorrendo um
espectro que vai desde ligeiros LUTS até quadros obstrutivos agudos ou
fistulas uretro-cutâneas. Assim, quando considerada moderada a grave,
está indicado intervir sobre o paciente. Apesar de existirem técnicas
conservadoras como a dilatação endoscópica e uretrotomia interna, estas,
segundo alguns autores, servem apenas proporcionar um alívio
temporário, dificultando e atrasando a cura definitiva, porque promovem
secundariamente um agravamento da fibrose local.
Por outro lado a uretroplastia, apesar de mais invasiva, tem-se mostrado
mais eficaz na resolução da maior parte das estenoses. Técnicas
anastomóticas são escolhidas para defeitos curtos (menores que 2 cm),
removendo o segmento lesado e anastomosando os topos